quarta-feira, 22 de julho de 2009

Campanha PROBEM de Cães e Gatos


Animal de estimação não é coisa para se jogar fora, não abandone aquele que nunca vai abandonar você.
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Cães abandonados são 1,6 mi
Para amenizar o problema, CCZ lança campanha de educação da população
Autora: Andréa Miramontes

Só em São Paulo, são 1,6 milhões de cães, sendo que 10% deles não tem um lar. Isso sem contar os gatos. Os números da ONG Arca Brasil mostram o tamanho do problema que enfrenta hoje a capital paulista.

Para dar conta dos animais de rua, a prefeitura conta com um centro de Zoonoses com capacidade para pouco mais de 450 animais, que hoje ocupam o local. “Uma cidade norte-americana no mesmo tamanho tem 12 centros como esse. Fora que falta educação ambiental para posse responsável, e o número de animais de rua aumenta”, acrescenta Marco Ciampi, presidente da ONG.
Para a veterinária Ana Claudia Furlan Mori, nova gerente do CCZ, a situação do local pode melhorar a partir de uma campanha recém-lançada de conscientização, que visa educar a população a não abandonar o animal e também incentiva a castração do bicho. Todos os especialistas ouvidos reforçam que a castração é a única maneira eficaz de controlar a população e evitar crias indesejadas. “O CCZ não é um alojamento de animais, mas um local para ajudar na saúde pública. Temos que diminuir o abandono e aumentar a s adoções, a fim de amenizar o problema”, afirma ela que reconhece que hoje o CCZ está próximo da capacidade máxima de animais.
Em recente crise, que culminou com a saída do antigo gerente, entidades protetoras chegaram a montar acampamento em frente ao CCZ e conseguiram mudanças.
“Agora nos deixaram entrar para organizar as adoções, colocar voluntários para banho e passeio. Antes era horrível, não tinha a cultura de prever o cuidado com os animais. Mas ainda há muito trabalho pela frente”, ressalta Nina Rosa, fundadora do instituto de proteção animal que leva seu nome.

Custo Médio do bicho de estimação












Fonte: Associação nacional dos fabricantes de alimentos de animais de estimação(ANFAL Pet)
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10 Mandamentos
O que pensar antes de ter um animal

1- Cães e gatos vivem em média, 12 anos, questione os recursos financeiros e o que fará com o bicho quando for viajar.
2- Saiba as características e as necessidades da espécie, como o espaço ideal. Quem mora em apartamento deve colocar telas nas janelas.
3- Assim como você, lembre que cachorros e gatos também envelhecem e precisam de cuidados quando idosos.
4- Cuide da saúde física do bicho, como alimentação e visitas ao veterinário, banhos e exercícios físicos.
5- Quando for passear com o cão, use sempre a coleira. Verifique com o veterinário qual é a melhor ração para o seu novo amigo.
6- Não compre por impulso faça melhor, adote. Adotar trás vantagens de o animal já estar vacinado e castrado, o que lhe economizará dinheiro.
7- Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite as suas características.
8- Identifique-o com plaqueta, também é recomendável uma identificação permanente (microchip ou tatuagem).
9- Nunca deixe seu animal solto na rua e recolha os cocos também quando ele fizer em espaço público.
10- Evite as crias indesejadas, com a castração de machos e fêmeas. Se procriar, você terá mais vidas sob sua responsabilidade, nunca as jogue na rua.

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Protetores dos animais se sacrificam por bichos

Mesmo morando em um barraco, sem estudos nem emprego fixo, Marcelo da Silva Vieira,19 , conhecido na favela do Sapo como “ Anjo Dos Animais”, já conseguiu castrar 600 cachorros e 300 gatos do local, na Zona Norte da Capital. “Controlamos a população de bichos e não se vê mais ninhadas abandonadas”, conta orgulhoso. Sem dinheiro, ele conseguiu fazer na favela o que a prefeitura ainda não fez na cidade de São Paulo com a ajuda de ONGs, veterinários e muita força de vontade. “Cuido de 9 cães e 14 gatos em um cômodo que moro. Mas vou ter que sair daqui, por que o barraco está cedendo e não tenho para onde ir”, desabafa, mais preocupado com seus animais do que consigo.

Assim com Vieira, a geógrafa e jornalista Ângela Miranda trabalha anonimamente como protetora de animais. “Nem gosto de falar, pois não saio catando bichos, isso é errado.
Ajudo os que vejo doentes ou aqueles que na vão reproduzir ou acabar machucados, o que agrava a situação. Quando consigo os coloco para adoção”. Conta ela, que hoje abriga em casa 12 cães e 26 gatos.
Para custear, Ângela tem um emprego fixo e bicos, sendo que 2 terços do seus ganhos ficam com os animais. “É difícil, não viajo, nem compro nada diferente, mas não me arrependo”, avalia.
Marcos Ciampi, presidente da ONG Arca Brasil, lembra que, na cidade de São Paulo, somente são permitidos 10 animais por casa. “Pegar os animais de rua não pode virar mania. O correto é cada um se responsabilizar pelo seu e ter políticas públicas de castração”.
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Gasto emocional
Custo deve ser pensado para ter um animal

Amor. De acordo com a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos de Animais de Estimação), hoje, a maioria dos gastos com bichos é feita com acessórios e petiscos. “São tratados como filhos”, diz José Edson de França, diretor da Anfal Pet.
Entre os gastos obrigatórios, Daniel Giberne Ferro, presidente da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária, explica que, só nos primeiros seis meses, o dono tem que dar 5 vacinas (em média R$ 130 cada uma), além das consultas extras, como a odontológica, a ser feita no primeiro ano.

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Censo mostra que 44% dos lares têm bichos
Cachorro ainda é o preferido, presente em 79%, gatos estão em 10%

Quase metade das famílias do Brasil possui um cão ou gato. È o que mostra um censo recém-divulgado chamado Radar Pet. Na pesquisa, é possível ver que, Das oito metrópoles brasileiras analisadas, Porto Alegre é a que mais tem bichos, com 56% dos lares. São Paulo ficou em 4º lugar, com 43% das casas, e por último vem Recife, com 31%.
“Chamou a nossa atenção o fato de casais com bebês terem poucos pets (16%) em comparação com famílias com filhos crecidos (44%). Isso mostra que quem tem bebê em casa pode pensar, de forma equivocada, que o pet faria algum mau, mesmo por que outro item que 5% dos sem-bichos justificaram a ausência de animais pelo nascimento dos filhos”, avalia Luiz Luccas, presidente da Comac (Comissão de Animais de Companhia), responsável pela pesquisa e braço do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal).
Ele ressalta também o fato de poucos lares com idosos possuírem um bicho de estimação(7%). “As pessoas pensam que um pet dá trabalho, mas elas não sabem a economia com saúde que donos de bichos têm, pelo bem psicológico que um animal trás”, avalia. No Brasil, os cães ainda são os preferidos, presente em 79% dos lares, enquanto gatos estão em 10%. Em 11% das casas, há cães e gatos juntos.
Dos lares que dizem não possuir um pet, que somam 56% das residências, 38%afirmam que o animal que tinha faleceu e que não adquiriu outro, e 5% dizem que não têm espaço adequado para criar um bicho.
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Cachorros trabalham com guias e terapeutas na capital

Quem vê Basher na hora de lazer rolando na grama não imagina que o labrador trabalho duro como cão guia. Diariamente, ele conduz a dona, Daniela Ferrari Kovacs, 29, assessora jurídica da diretoria do tribunal do trabalho em São Paulo. “Sinto uma independência enorme, inclusive para viajar com Basher. No trabalho, ele é sério, mas em casa brincamos muito”, diz ela, que tem uma doença degenerativa na retina, Daniela conta ainda que todos os dias é parada nas ruas por dezenas de pessoas curiosas. “O cão traz inclusão social. Mas também já levei guarda-chuvada de uma mulher que queria saber o porquê de eu estar com um cão no metro”, diverte-se.
Basher foi treinado nos EUA, assim como os outros 25 cães-guia trazidos pelo Íris (Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social) gratuitamente a deficientes visuais. Em 2000, existiam 10 Cães-guia no país, e hoje são 60.
Já o golden retrivier Joe trabalha como terapeuta. Com as patas devidamente esterilizadas e a saúde em dia, de segunda a sexta-feira ele distribui lambidas a pacientes internados em hospitais paulistanos.

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Gatos gostam de bastante limpeza

Afiar as unhas no sofá da sala, ronronar no colo só quando tem vontade e encostar de leve o corpo nas pernas do dono. Gato é sim um bicho folgado, inteligente e independente, e por tudo isso encantador. Essas são as primeiras coisas que se dizem os apaixonados por gatos.
“Quem espera dominar um gato não vai gostar nada da reação deles, porque o bichano não atende ordens, mas sim seu instintos. Porém, diferentemente do que dizem, o gato é um animal amoroso”, diz Nina Rosa, diretora do instituto que leva seu nome e responsável pelo documentário “O Gato Como Ele É”.


Na rotina , gatos gostam de limpeza, por isso, a água que bebem e sua bandeja sanitária devem ser trocados diariamente. Caso contrário, ele não bebe água e nem usa a bandeja.
Brinquedos e arranhadores são indispensáveis, se o dono não quiser que todos os moveis sejam demarcados, mas esses apetrechos não são garantia de preservar os móveis. Quem escolhe viver ao lado de um gato deve saber que terá ao seu lado um companheiro dedicado e atento, mas que preza a sua individualidade.

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Saúde do bicho também está no que ele consome
Especialistas alertam que ração não deve ser escolhida pelo preço

Assim como a comidas dos humanos, no mundo pet também existem os alimentos de boa qualidade e as rações que não alimentam nem nutrem.

“Tem ração que é como fast food, que possui alto teor de gordura, de difícil digestão, e que não vai nutrir o pet de forma adequada” avalia o veterinário Daniel Giberne Ferro, diretor da associação nacional de clínicos veterinários de pequenos animais e presidente da Associação brasileira de Odontologia Veterinária.
O especialista adverte que é errado comprar a ração com base só no preço. “Não tem jeito, ração boa, com proteína de qualidade e nutrientes, custa caro”, avisa.
Ele lembra que uma ração qualquer pode custar caro no final, pois o bicho pode adoecer facilmente.

A mesma coisa com gastos. A ração precisa ser adequada para a idade, e ao contrário do que muita gente pensa, leite não é bom para os felinos. “Muitos tem alergia a lactose. Gatos também não gostam que troque a ração, se não gostarem da nova, morrem de fome, mas não comem”, avisa a veterinária especializada em gatos Lilia Wang, da clínica Pet Masters.
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Pets precisam de microchip

Desde de 2007, qualquer animal doado ou vendido na cidade de São Paulo tem que possuir um microchip de identificação, com espécie, sexo, cor do pêlo, idade e raça.
O dispositivo minúsculo que é um pouco maior que um grão de arroz, que é implantado na pele do animal de forma indolor, também é abrigatório em algumas viagens para o exterior, como para países europeus. No laboratório Provet, na capital, o implante do microchip custa R$ 95.


No centro de zoonoses de São Paulo, todos os animais que chegam são vermifugados, recebem o microchip e também são castrados, outra exigência da prefeitura para que umanimal vá para uma nova família, seja por venda, permuta ou adoção.
“ O microchip ajuda na identificação do bicho, caso ele saia de casa. Tem muita gente que acha que pode deixar o cachorro passear sozinho pelas ruas, mas não é assim, o lugar do animal e dentro da casa do dono”, avisa Ana Claudia Mori, gerente do CCZ.
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Por tudo isso escrito acima é que você deve pensar bastante antes de ter um animal de estimação, pois eles tem gastos e precisam da nossa atenção.

Fonte: Jornal Metro, especial pets de 22/07/2009

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